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PENSANDO A MITOLOGIA

PENSANDO A MITOLOGIA

Saudações,
A mitologia é vista por muitos como algo fantasioso. Não vejo ser tão simples assim. 

Ao tentarmos entender o mito, veremos que este não possui nenhum outro fim senão a si próprio, ou seja, sua existência se justifica pelo próprio existir do ser humano.

O mito faz parte da alma, e não é algo que precisa ser explicado e sim, demonstrado, se expressando através da arte, da literatura, das nossas práticas religiosas.

Atendo-nos à mitologia grega, a mitologia mais próxima do nosso contexto ocidental, temos que a partir do século XX, após a revolucionária concepção do inconsciente por Freud e desdobrada posteriormente, em inconsciente pessoal e coletivo pela teoria de Jung, o estudo dos mitos tomou uma forma particular, passando a ser estudado por seu caráter arquetípico, algo intrínseco ao ser humano, como dito na teoria já citada do inconsciente coletivo, onde reside toda uma herança psíquica que trazemos ao nascermos.

Qual de nós nunca teve seu momento de rigidez moral tal qual Zeus, ou de beleza e sensualidade assim como Afrodite ou de justiça e equilíbrio como Atena ou mesmo de arroubos incontidos como Ares. São os mitos verdadeiros espelhos das diversas facetas do espírito humano.

É este o principal entendimento do mito ao meu ver e que traz todo o fascínio que atrai ao ser humano moderno, pois embora diante de toda a fantástica obra tecnológica humana, a linguagem mágica, lúdica, mítica de nosso espírito, permanece nos ligando ao passado.

Por isto ainda o fascínio pelos antigos e eternos mitos...
Algo que talvez não tenha sido criado pelo ser humano, mas sim, nascido com ele.

Só para registro e reflexão.
Fecha o pano