Saudações,
Os termos do título formam uma seqüência que de certo quase todos que estão lendo este texto já vivenciaram. Tanto magoando como sendo magoado, tanto perdoando como sendo perdoado.
A mágoa é um sentimento que traz danos nefastos a quem sente, pois é um sentimento que perpetua uma situação. Seja qual for a ação feita pelo outro, a mágoa registra esta ação na alma e enquanto permanece, vai a consumindo e por vezes, somatizando em disfunções principalmente digestivas.
Para diluir este registro que fica marcando, incomodando e sangrando nosso espírito, somente utilizando o perdão. E como tudo que diz respeito a busca da paz do espírito, perdoar não é um gesto fácil nem simples. Envolve compreensão e compaixão total. A própria palavra perdoar, do latim perdonare onde o prefixo per significa "através de" e donare significando o "ato de doar", resumem em si estes dois gestos, a completa compreensão e a total compaixão. Li recentemente uma dissertação de um mestrando em filosofia que tratava do perdão e a ênfase era dada ao ato de julgar. Ou seja, quando refletimos: fulano merece ou não meu perdão? Colocamo-nos como juízes, no entanto, totalmente imparciais.
Se nos colocarmos fora da questão e enxergarmos tão somente o ato, buscando na sabedoria da empatia, conseguir observar os dois lados e o mal que causa a mágoa, de certo um acordo entre sentimentos ocorrerá e o perdão será a melhor opção.
Difícil, pois somos humanos, mas não impossível, pois temos humanidade.
Desenvolvamos em nós a sabedoria do perdão e principalmente, para ser aplicada a nós mesmos.
Afinal: errar é humano e perdoar também.
Fecha o pano.