Conteúdo de Interesse de Corações e Mentes
ERRO, LOGO EXISTO
Saudações,
Todos conhecem a frase “penso, logo existo” do filósofo francês do século XVII, René Descartes. Conhece?
Mas garanto que talvez não saiba, pois poucos sabem, que há mais de dez séculos antes, Aurélio Agostinho (Santo Agostinho), em sua obra prima De Civita Dei (A Cidade de Deus), no capítulo 26, diz: “erro, logo, existo”, em tradução livre de “fallor ergo sum”
Temos que o filósofo católico coloca o ato de errar como uma das características da existência humana. No entanto, por conta de inúmeros fatores que moldam o comportamento social, o erro passou a ser tratado como prova de inúmeros defeitos que vão desde a ignorância até a estupidez. O ato de errar tornou-se assim um momento de constrangimento que afeta o equilíbrio emocional de quem erra, trazendo até mesmo queda momentânea da auto-estima.
Muitos reagem com a negação do erro. Quem nunca falou: “errei sim, mas...” e depois deste “mas”, uma explicação qualquer para justificar o porquê do errar e assim minimizar o erro ou mesmo, a frase favorita dos principais políticos que quando erram ao invés de dizer: errei, dizem: “sim, erros existiram”, como se não fosse com eles.
O fato é que a nossa capacidade de errar é importante para a cognição humana. Devemos perceber que o erro está ligado sim às qualidades como imaginação, coragem, convicção.
Por vezes imaginamos projetos que podem não dar certo, mas tendo coragem de colocá-los em prática com convicção, aprenderemos, caso não dêem certo, para acertar na próxima vez. O erro faz parte da aprendizagem humana e é o que gera a possibilidade de mudança, aperfeiçoamento. Ao errarmos, nos possibilitamos a oportunidade de revisar nosso entendimento de nós mesmos e das coisas do mundo. O que ensina é o erro e não o acerto. Concorda?
Pense nisto quando cometer um erro, seja lá qual for, e perceba que você teve a coragem de produzir determinada ação e se errou, aprenda com ele para da próxima vez sim, acertar.
O que acha?